quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Santiago

Cheguei à capital chilena por volta das oito horas da manhã e tinha marcado de encontrar uma amiga na casa dela. Ótimo, se eu tivesse idéia de como chegar aos lugares.




Encontramos-nos depois de algumas horas, isso por que levei uma para me localizar e tentar trocar dinheiro e outra por que o metro, apesar de ter uma rede metroviária muito extensa e boa (melhor do que a do Rio de Janeiro) estava lotado e mal conseguia entrar por causa da mochila, que nem é pequena... Abaixo tem foto... rs.


Ótimo, mais uma cidade e, por obvio, mas uma coisa a fazer: procurar hostel. Ela se ofereceu para que eu ficasse na casa dela, mas seria por uma noite apenas, já que teria de viajar em seguida (ela).

Assim, achei um que, segundo ela era numa localização muito boa para quem estaria de turismo... Plaza das Armas. Esse também era o nome do hostel. Que por sinal era sensacional. Elegeria como um dos melhores e mais divertidos que já conheci. Justiça seja feita, foi o segundo melhor de toda a viagem. (Plaza de Armas Hostel _ Compañia 960 Dp. 607)


O hostel fica na cobertura deste prédio atrás da escultura.

Os preços, bem, estamos no Chile!!! O quarto mais barato, o meu, obvio, custava 10 dólares sem café da manhã, que por opção seriam mais 3 dólares. E vou dizer uma coisa, paguei os 13 dólares com prazer por que o café da manhã, apesar de ser você mesmo quem prepara, é regado. Tem ovo, tortas, pães, tudo o que você quiser. É bem naquele sentido mesquinho do “eu estou pagando!!! Quero o melhor!!!” Nem precisa dizer, eles oferecem!

O hostel fica numa cobertura de um prédio antigo exatamente em frente a praça principal do centro. De noite a vista é algo impressionante. Impagável tomar um vinho com os amigos e ter essa vista. Mentira... 13 dólares dá para pagar!!! Hehehehhe...

No dia seguinte, como eu já tinha encontrado o Gustavo em Bariloche, acabamos marcando de sair aqui pela capital chilena, também. E feito. Saímos...


Em todo o país existem bebedouros públicos como este que a água fica correndo.

Aproveitamos o primeiro dia para andar... Andamos... Andamos e andamos... nossa! O tempo todo. No final estávamos exaustos. Mas de noite faria algo no hostel. Resolvemos fazer algo de noite e marcamos dele ir para meu hostel. Quando resolvemos comer, outro apuro... tudo era caríssimo!

E fomos nós de novo para os sanduíches. Como me arrependo!!!

Os chilenos acham que “completo”, como chamam o cachorro quente da gente, é colocar uma salsicha no pão e tacar muita maionese e catchup. Que coisa horrorosa!

Saímos com um americano para tomarmos umas cervejas e conhecer a noite, mas o frio era tanto que a cerveja nem esquentava apesar de a gente nem agüentar beber de tão frio que estava.... rs... depois trocamos... vinho... mas era tarde e estávamos cansados (o lugar que a gente tinha escolhido para sair era uma derrota!!!!) e preferimos voltar para casa.

Tudo bem, táxi. Ah tah! Nenhum parava!!! Éramos três caras numa madrugada fria de Santiago caminhando... tudo bem, mas ninguém tinha cara de marginal, alias, era bem obvio que não éramos de lá... o povo é muito parecido com indígenas. Bastava olhar para gente para verem que não éramos de lá! Ma tudo bem, caminhamos a maior parte do caminho ate que um táxi parou.

Dia seguinte, pela manhã era para esperar Gustavo ligar. Ele te ligou? Nem para mim! Mas acabei conhecendo outros três brasileiros: Flavia, Gustavo (também) e Danielle. Flavia e Gustavo eram namorados há doze anos... Digo... Acho que ainda são!!!! Brincadeira! E voltavam de uma temporada de dois anos e meio fora do Brasil. Moravam em Londres. Já Danielle é paulista, e estava iniciando as férias por ali.
Foi quando resolvemos sair os quatro.

Eu precisava descarregar as fotos, não tinha mais espaço nos cartões de memória para baixar tirar nenhuma foto se quer. Mas as pessoas ao redor, que trabalhavam com isso nas lojas perto do hostel, não sabiam fazer e começamos a perder muito tempo e a nos irritar com a normal falta de educação do povo chileno.

Isso mesmo, não era um ou outro o grosseiro e sim a maioria das pessoas. Não conseguíamos pedir informação nas ruas por que nos ignoravam, exceto em bairros mais abonados, com pessoas mais ricas. Não podíamos depender deles.

Foi quando Dani resolveu me emprestar o cartão dela, de 4 Gb. Perfeito... vou tirando as fotos e depois descarregamos e te devolvo. Então vamos aproveitar! Vamos de metro para o Cerro (outro) San Cristóban e visitar tudo por perto.

Entramos no metro e, advinhem?!???!!?! Fomos assaltados. Bem, fomos não, a Dani foi. Sem o menor motivo algum, dois caras vieram ficar perto da gente, sendo que tinha espaço demais no vagão. Nesse meio tempo, eles nos distraíram apontando algo sobre minha cabeça e batendo, “sem querer” na aba do meu boné distraindo a gente e fazendo com que nos separássemos dentro do vagão.

Foi o suficiente para abrirem a mochila dela e pegarem documentos, carteira, passaporte e tudo o que podia. Ela ficou sem todos os cartões e sem documentos. Com isso, passamos a tarde inteira na delegacia reconhecendo os assaltantes que tinham feito o mesmo com outras quatro brasileiras.

Perto das cinco da tarde resolvemos comer uma besteira e partir para aproveitar o que nos restava de dia e fomos assistir o por do sol do alto do cerro de San Cristoban. Lugar mágico e lindo. Foi um espetáculo! Coisa mágica. Lá em cima eles têm uma Virgem, como o nosso Cristo aqui no Rio.

Um lugar para se refletir e pensar em tudo o que passamos e vivemos, do que fomos salvos considerando que assaltos e sustos desse estilo no Brasil são normalmente com violência (digo por experiência própria). Mas enfim, tudo bem e estávamos bem!

Conversa vai, conversa vem resolvemos descer para comprar comida e cozinhar. Fui o responsável pelo preparo... Fiz um molho branco com mariscos e um macarrão. Cá entre nós, muito bom! E tomamos um bom vinho!

Colocamos umas musicas do meu mp3 e deixamos a bagunça rolar... tocou de tudo... hip hop, funk... hehehhe... muito legal!

Mas não conseguíamos dormir por causa do que aconteceu e, como disse mais cedo, estávamos nos sentindo inseguros ali no país. Então, às três da manhã, resolvemos que não ficaríamos mais ali, e começamos a correr contra o tempo para preparar as coisas e pegar o ônibus para Mendoza. Isso por que não tem toda hora, já que não se pode cruzar os Andes de noite. A Alfândega fecha às nove da noite.

Acordamos todos na correria. Tinha que trocar dinheiro, pagar o hostel, comprar coisas chilenas... e ainda correr para a rodoviária, almoçar, comprar passagens e partir!!!

Que horas entramos no ônibus? Dois minutos antes de ele ligar o motor e sair!!!!!

Destino: Mendoza.

Um comentário:

Fernando Martins disse...

Ae Fred!
Estou fazendo uma viagem santiago-mendoza-bue agora em novembro e estou levando algumas anotaçoes suas!!!

Abraço!