quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Quanto Custou?


Argentina:

- ligação telefônica para o Brasil (chamando celular): 0,80 pesos/minuto (+/- 0,27 USD)
- ligação telefônica local: 0,30 pesos/minuto (+/- 0,10 USD)
- hora de internet: 2,50/hora (+/- 0,80 USD)
- gravação de CD com fotos: 3 a 10 pesos/CD (1 a 1,75 USD)
- gravação de DVD com fotos: 5 a 20 pesos/DVD (+/- 1,66 a 7 USD)
- ônibus urbano: 0,75 a 1 peso
- metrô (subte): 0,80 peso
- táxi: o que no Brasil costuma-se pagar 10 reais, lá se paga 9 pesos (6 reais)
- alfajor: 1,75 a 2,75 (o mais procurado e famoso: Havana – 2,25 pesos)
- refrigerante (255 ml): 1,50 a 5 pesos
- empanadas: 1,50 a 4 pesos
- Museu do Boca: 10 pesos
- fotos no Caminito: +/- 3 pesos
- parrillada: 15 a 25 pesos/pessoa
- pizzas: 15 a 35 pesos
- hamburguesas: 3 a 7 pesos
- cervejas: 4 a 9 pesos (900 ml) e 2 a 5 pesos (porrón _ nossa long keck)
- vinhos: 5 para cima (depende muito da vinícola e da safra, mas ultrapassa 100 USD)
- almoço: 15 a 25 pesos (bebida e comida)
- jantar: 15 a 30 pesos (bebida e comida)
- café: 2 a 6 pesos (café mais tradicional: Tortoni _ 5 pesos)
- sorvetes: 5 a 15 pesos (mais procurado e tradicional: Freddo _ +/- 9 pesos)
- cachorro-quente (chamam de completo): 2 a 4 pesos


Chile

- ligação telefônica para o Brasil (chamando celular): 350 a 800 pesos/minuto (+/- 0,70 a 1,50 USD/minuto)
- ligação telefônica local: 100 a 250 pesos/minuto (0,20 a 0,45 USD/minuto)
- hora de internet: 500 a 1.000 pesos/hora (1 USD)
- gravação de CD com fotos: 1.000 a 2.000 pesos/CD (2 a 4 USD/CD)
- gravação de DVD com fotos: 2.000 a 4.500 pesos/DVD (4 a 9 USD/DVD)
- ônibus urbano: 500 a 1.300 pesos (1 a 2,75 USD)
- metrô (subte): 350 pesos (+/- 0,75 USD)
- táxi: o que pagamos 10 reais no Brasil, lá se paga +/- 4.000 pesos (16 reais)
- alfajor: raramente se encontra (eles disputam tudo com os argentinos)
- refrigerante (255 ml): 350 a 1.500 pesos (0,75 a 3 USD)
- empanadas: são diferentes das tradicionais argentinas _ 800 a 2.000 pesos (1,75 a 4 USD)
- mariscada: 3.000 a 15.000 pesos (6 a 30 USD)
- centóia: 7.000 a 70.000 (14 a 140 USD)
- pizzas: 2.000 a 10.000 (4 a 20 USD)
- hamburguesas: 850 a 1.500 (1,5 a 3 USD)
- cervejas: 350 a 2.000 (0,75 a 4 USD)
- vinhos: 500 para cima (depende muito da vinícola e da safra, mas ultrapassa 100 USD)

- almoço: 3.500 a 15.000 pesos/pessoa (7 a 30 USD)
- jantar: 4.000 a 18.000 pesos/pessoa (8 a 36 USD)
- café: 500 a 1.500 (o mais tradicional e procurado: Café com Pernas _ 1.500 pesos)
- cachorro-quente (completo): 500 a 900 pesos (depende se vem com refi ou não).



Dicas:

Prestar muita atenção às notas que são devolvidas em trocos, principalmente com os taxistas argentinos. Procure saber identificar se são ou não falsas e, sem problemas, digam que não aceitam aquela, mas prestem atenção de novo por que eles embaralham e devolvem a mesma!

Sempre dêem ‘propinas’ (gorjetas) nas rodoviárias, do contrário eles são realmente mal-educados e, sem o menor pudor, jogam no chão ou arremessam para dentro do bagageiro dos ônibus.

No Chile, cuide com a idéia de comer carne de centóia ou o próprio caranguejo. Muitas vezes, quando não se compra o animal em si para ser servido, eles misturam as carnes e acaba-se pagando muito caro por um sirizinho, ao invés da famosa aranha-marinha gigante...

As contas normalmente, nos dois paises, não vem com os 10% incluídos, principalmente na Argentina, mas convém deixar algo. Isso não significa estou dizendo para pagar pelo serviço mal prestado.

Outra coisa que chamou atenção: cobram-se pela utilização dos talheres, toalhas e copos, isso eles chamam de “servicios”. É normal e não adianta discutir. Procure saber se o local que estiver entrando cobra essa taxa ou não antes de sentar-se, se a idéia é de não pagar por isso.

Cuidado com a hora de descarregar as fotos da câmera. Elas normalmente ficam na rede dos computadores, peça para apagar tudo, nunca se sabe quem utilizará o computador depois de você.

Dentro dos vagões do metro, em ambos os países, mantenham o máximo de distância dos outros. Eles nunca parecem suspeitos, é impressionante o quão vivemos em um país cheio de estereótipos. Ao menos prestem atenção em quem estiver por perto. Digo isso por experiência própria.

That’s all... conforme me lembrar de outras dicas ou preços vou postando, mas quem quiser, pode me adicionar no msn: freddheineken@hotmail.com

See you...



quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Buenos Aires

Sabíamos dessa vez o hostel certo para ficar _ http://hostel-inn.com/ Buenos Aires.

Já tinha ficado neste da primeira vez e inclusive com minha mãe. Não teria por que perder tempo procurando outro lugar ou qualquer coisa. Tínhamos que aproveitar.

No quarto que fiquei havia oito camas, quatro delas chegaram a ser ocupadas simultaneamente por brazucas... isso significa que instituímos o idioma oficial: Português! Claro!

Zoamos muito o tempo todo... foi quando Maykon, um santista, se juntou a gente.

Andávamos de baixo para cima, de cima para baixo... Eu já tinha conhecido quase tudo, faltava mesmo a Floralis e o Planetário, que já citei abaixo, mas de maneira geral.

Foi dessa vez que visitei-os e foi, também, nesta oportunidade que assistimos o jogo na Bombonera.

De tudo, as duas coisas mais marcantes da segunda vez na capital portenha foram: i) a noite de despedida com Lau e Gisela em um bar em Palermo muito bom. Curtimos muito apesar do pouco tempo que tínhamos e de estar passando toda a viagem na minha cabeça... a saudade já começava a apertar e não queria me despedir das pessoas que tinha conhecido e criado laços. Sim, laços por que estávamos o tempo todo juntos, brincávamos, discutíamos por vontade pessoais, emprestávamos dinheiro, pagávamos contas... havia uma ligação entre todos. E em segundo lugar, que muito me marcou, foi estar com minha mãe no aeroporto... fechando a viagem, virando uma pagina da vida, fechando um álbum de fotografias e de historias... Ter uma das pessoas que mais me apoiaram o tempo todo do lado no momento que terminava a viagem, que partiria para casa foi muito confortante.

Sonho realizado. Essa é a sensação que tenho.

E uma coisa eu dizia durante a viagem: “Se felicidade tivesse um rosto, seria o meu”...
Até o guarda do aeroporto me disse palavras de consolo quando entrava no portão de embarque... Tenho vontade de chorar agora só de lembrar a vitória que essa viagem representou... mas quer saber?! Tenho que pensar na próxima!

Vejo vocês em uma outra viagem... curta ou não... para longe ou não...


Beijos a todos...
Fred.
“Sigam - De Carona na Mochila”

Mendoza

O mais impressionante de toda a viagem para Mendoza foram os Andes.

Uma coisa impressionante, uma grandeza que hipnotiza e faz com que vejamos o quão pequenos somos.

Conhecer as Cordilheiras sempre foi um dos meus maiores sonhos e, naquele momento, quando a cruzava não acreditava no que acontecia. Os montes estavam ali, lado a lado e conforme o ônibus seguia caminho as paisagens iam mudando e ficando cada vez mais lindos.

Uma das paisagens mais impressionantes de toda a viagem. Incomparável e sem explicação a sensação que passa.

Sou mesmo chorão, e assumo, diante daquela grandeza, do pôr-do-sol que fazia... Diante de tamanha beleza, as lagrimas caiam involuntariamente. Como uma criança que ganha o presente que sempre quis, foi a sensação que tive ao ver meu sonho diante de mim.

Impressionante, também, é conseguirmos ver as camadas com cores, como que pudéssemos ver a evolução da Cordilheira nesses milhões de anos.

Chegando à cidade de Mendoza, pela noite, fomos direto a um hostel que, por iniciativa do Gustavo Gaúcho, tínhamos escolhido. E de lá partimos, antes mesmo de podermos tomar um banho ou qualquer coisa, para um churrasco e uma festa só com musicas em castellano.



Foi muito legal, mas estávamos exaustos!

Péssimo, sim... este é o adjetivo adequado ao hostel que tínhamos escolhido! Campo Base é o nome... Jamais fiquem naquilo!

Eram quase três horas da manhã e ao som de Nirvana no maximo volume tínhamos que tentar dormir.

Manhã seguinte, primeira coisa após trocar de roupa? Procurar outro lugar.

Saímos os três com três opções. Uma delas o Lao’s Hostel. Que sem sombra de duvida escolhemos. O preço era o normal para Argentina, 30 pesos (20 reais). Com café da manhã incluído e ‘free wine’ todas as noites. Muito bom...

Tinha redes no jardim, um Pastor Alemão filhotão que brincava o tempo todo, pessoas super atenciosas, um lugar limpíssimo e ao som, sempre, de muita bossa, jazz e mantras... um lugar que quando quisemos conseguimos descansar. Recomendo como o melhor hostel de toda a viagem! (http://www.laohostel.com/)

A primeira tarde foi de relax total... compramos umas cervejas da região, que, por sinal, são ótimas, umas empanadas e uns alfajores e ficamos na rede, balançando, descansando.

No final da tarde fomos passear, o casal de três que viajou junto de Santiago, pelos Andes e que ali estava. Era engraçado, mas depois de tanto tempo viajando sozinho, conhecer gente legal e que vai seguir pelos mesmos lugares é a melhor coisa, por que podemos decidir em grupo... fica muito legal!

O centro da cidade é super interessante e repleto de bares e restaurantes ótimos. Sorvetes... Putz... Os sorvetes argentinos são muito bons!

Na noite, mais descanso e banho bem quente... De banheira... Apesar de não ser muito conveniente, eu bem enchi a banheira e fiquei lá por quase uma hora... Realmente relaxei. E depois, free wine revezando com um chimarrão. Alias, a viagem toda sempre regada de muito chimarrão. Principalmente depois que encontrei os gaúchos, por que ate então, muitas vezes eu era sozinho, então não tomava muito.

Na manha seguinte resolvemos que tínhamos que almoçar uma parrillada. No centro comemos bem, mas tinha uma coisa que havia experimentado em Esquel com Lau e que até então não tinha comido de novo. Chichulin.

O que é isso??? Já vou adiantar que não contei para eles ate que provassem... Feito isso... Intestino!

Quase morreram... As caras foram ótimas. Ou não!!!

Queríamos visitar as vinícolas e então fomos no dia seguinte. Domingo... Mas tem alguma coisa aberta? Pois é... tinham dito para a gente que sim. Tomamos o ônibus e partimos para a região de Maipú. Visitamos um museu que disseram ser do vinho, mas na verdade era das primeiras famílias que começaram a cultivar a uva na região e produzir os primeiros vinhos argentinos.

Legal, interessante, mas tudo que a guia nos contava como precioso vinha seguido da seguinte explicação: “A lástima é que nada disso existe mais aqui, por que foi saqueado durante o período militar”. Isso significa dizer que poucas coisas existiam no lugar!


De lá seguimos para os vinhedos que, por óbvio, pela hora estavam todos fechados! Fomos a um restaurante muito bom e resolvemos comer alguma coisa para aproveitar ao menos aquele momento. Ate que vimos os preços.

Por um momento queríamos partir de lá correndo, mas Gustavo, sempre super econômico quis pedir a tábua mais cara e uma cerveja bem gelada. Na hora hesitamos e queríamos pedir uma mais barata, Flavia e eu. Para que?!


Gustavo levantou indignado por que a gente ria de tudo o tempo todo e, por obvio, da situação do nosso passeio. Ate que ele foi al banheiro e a Flavia me disse: “Tem alguma coisa errada. Ele deve estar muito nervoso por que jamais pediria a de 62 (pesos)!” Minha resposta foi a obvia que se esperaria... “Pede a de 62!!!” E caímos na gargalhada de novo...


Daí para frente, todo momento que Gustavo se irritava um pouco eu olhava Flavia e dizia: “Pede a de 62!!!” hehehehhehe

Curtimos! Isso posso dizer que fizemos.

Dia seguinte sim, vinícolas. Andamos feito condenados! Mas conhecemos um pouco da historia do verdadeiro Museu do Vinho na Vinícola Rural, que recomendo.



Mais tarde, depois de vinhos, licores e doces, era hora de partir... um sol impressionante esquentava a cidade e tínhamos que apressarmos já que íamos aquela noite voltar para Buenos Aires, meu primeiro e último destino.



Sentamos perto de um posto de gasolina, já que a fome era tensa, e pedimos hambuerguesas com cervejas... três hamburguesas.


Estávamos sentados à sombra de uma oliveira quando somente duas haburguesas chegaram... “Ué?! Cadê a outra?” A resposta foi de morrer! “Eram três?!”

Só com a gente mesmo!

Engraçado mesmo foi quando coloquei maionese na minha hamburguesa... fazendo aquela curvinha de “S” várias vezes... a Flavia, involuntariamente olhou seguindo o movimento... hahhahahaha... rimos mais ainda!!!! E depois queriam se vingar quando a deles chegasse!


Galera, adorei conhecer vocês...

Indo para rodoviária, pedimos o táxi que não apareceu e tivemos que correr até o terminal com risco de perder o ônibus e o dinheiro (145 pesos por cada um com passagens de primeira classe)!!! Hehehehe

Chegamos lá e compramos muita comida... estávamos famintos... qual a surpresa agora? Os serviços eram mais que completos... ficamos atolados de tanta comida na viagem!

Partimos, então.

Destino: Buenos Aires.

A.N.D.E.S



Estou deixando essa parte sem textos... por que só assim, sentindo, para saber o que significou para mim aquelas horas frente ao sonho...





No Limits...


Gustavo, Flavia e Eu



INACREDITÁVEL...







Gracias...


Santiago

Cheguei à capital chilena por volta das oito horas da manhã e tinha marcado de encontrar uma amiga na casa dela. Ótimo, se eu tivesse idéia de como chegar aos lugares.




Encontramos-nos depois de algumas horas, isso por que levei uma para me localizar e tentar trocar dinheiro e outra por que o metro, apesar de ter uma rede metroviária muito extensa e boa (melhor do que a do Rio de Janeiro) estava lotado e mal conseguia entrar por causa da mochila, que nem é pequena... Abaixo tem foto... rs.


Ótimo, mais uma cidade e, por obvio, mas uma coisa a fazer: procurar hostel. Ela se ofereceu para que eu ficasse na casa dela, mas seria por uma noite apenas, já que teria de viajar em seguida (ela).

Assim, achei um que, segundo ela era numa localização muito boa para quem estaria de turismo... Plaza das Armas. Esse também era o nome do hostel. Que por sinal era sensacional. Elegeria como um dos melhores e mais divertidos que já conheci. Justiça seja feita, foi o segundo melhor de toda a viagem. (Plaza de Armas Hostel _ Compañia 960 Dp. 607)


O hostel fica na cobertura deste prédio atrás da escultura.

Os preços, bem, estamos no Chile!!! O quarto mais barato, o meu, obvio, custava 10 dólares sem café da manhã, que por opção seriam mais 3 dólares. E vou dizer uma coisa, paguei os 13 dólares com prazer por que o café da manhã, apesar de ser você mesmo quem prepara, é regado. Tem ovo, tortas, pães, tudo o que você quiser. É bem naquele sentido mesquinho do “eu estou pagando!!! Quero o melhor!!!” Nem precisa dizer, eles oferecem!

O hostel fica numa cobertura de um prédio antigo exatamente em frente a praça principal do centro. De noite a vista é algo impressionante. Impagável tomar um vinho com os amigos e ter essa vista. Mentira... 13 dólares dá para pagar!!! Hehehehhe...

No dia seguinte, como eu já tinha encontrado o Gustavo em Bariloche, acabamos marcando de sair aqui pela capital chilena, também. E feito. Saímos...


Em todo o país existem bebedouros públicos como este que a água fica correndo.

Aproveitamos o primeiro dia para andar... Andamos... Andamos e andamos... nossa! O tempo todo. No final estávamos exaustos. Mas de noite faria algo no hostel. Resolvemos fazer algo de noite e marcamos dele ir para meu hostel. Quando resolvemos comer, outro apuro... tudo era caríssimo!

E fomos nós de novo para os sanduíches. Como me arrependo!!!

Os chilenos acham que “completo”, como chamam o cachorro quente da gente, é colocar uma salsicha no pão e tacar muita maionese e catchup. Que coisa horrorosa!

Saímos com um americano para tomarmos umas cervejas e conhecer a noite, mas o frio era tanto que a cerveja nem esquentava apesar de a gente nem agüentar beber de tão frio que estava.... rs... depois trocamos... vinho... mas era tarde e estávamos cansados (o lugar que a gente tinha escolhido para sair era uma derrota!!!!) e preferimos voltar para casa.

Tudo bem, táxi. Ah tah! Nenhum parava!!! Éramos três caras numa madrugada fria de Santiago caminhando... tudo bem, mas ninguém tinha cara de marginal, alias, era bem obvio que não éramos de lá... o povo é muito parecido com indígenas. Bastava olhar para gente para verem que não éramos de lá! Ma tudo bem, caminhamos a maior parte do caminho ate que um táxi parou.

Dia seguinte, pela manhã era para esperar Gustavo ligar. Ele te ligou? Nem para mim! Mas acabei conhecendo outros três brasileiros: Flavia, Gustavo (também) e Danielle. Flavia e Gustavo eram namorados há doze anos... Digo... Acho que ainda são!!!! Brincadeira! E voltavam de uma temporada de dois anos e meio fora do Brasil. Moravam em Londres. Já Danielle é paulista, e estava iniciando as férias por ali.
Foi quando resolvemos sair os quatro.

Eu precisava descarregar as fotos, não tinha mais espaço nos cartões de memória para baixar tirar nenhuma foto se quer. Mas as pessoas ao redor, que trabalhavam com isso nas lojas perto do hostel, não sabiam fazer e começamos a perder muito tempo e a nos irritar com a normal falta de educação do povo chileno.

Isso mesmo, não era um ou outro o grosseiro e sim a maioria das pessoas. Não conseguíamos pedir informação nas ruas por que nos ignoravam, exceto em bairros mais abonados, com pessoas mais ricas. Não podíamos depender deles.

Foi quando Dani resolveu me emprestar o cartão dela, de 4 Gb. Perfeito... vou tirando as fotos e depois descarregamos e te devolvo. Então vamos aproveitar! Vamos de metro para o Cerro (outro) San Cristóban e visitar tudo por perto.

Entramos no metro e, advinhem?!???!!?! Fomos assaltados. Bem, fomos não, a Dani foi. Sem o menor motivo algum, dois caras vieram ficar perto da gente, sendo que tinha espaço demais no vagão. Nesse meio tempo, eles nos distraíram apontando algo sobre minha cabeça e batendo, “sem querer” na aba do meu boné distraindo a gente e fazendo com que nos separássemos dentro do vagão.

Foi o suficiente para abrirem a mochila dela e pegarem documentos, carteira, passaporte e tudo o que podia. Ela ficou sem todos os cartões e sem documentos. Com isso, passamos a tarde inteira na delegacia reconhecendo os assaltantes que tinham feito o mesmo com outras quatro brasileiras.

Perto das cinco da tarde resolvemos comer uma besteira e partir para aproveitar o que nos restava de dia e fomos assistir o por do sol do alto do cerro de San Cristoban. Lugar mágico e lindo. Foi um espetáculo! Coisa mágica. Lá em cima eles têm uma Virgem, como o nosso Cristo aqui no Rio.

Um lugar para se refletir e pensar em tudo o que passamos e vivemos, do que fomos salvos considerando que assaltos e sustos desse estilo no Brasil são normalmente com violência (digo por experiência própria). Mas enfim, tudo bem e estávamos bem!

Conversa vai, conversa vem resolvemos descer para comprar comida e cozinhar. Fui o responsável pelo preparo... Fiz um molho branco com mariscos e um macarrão. Cá entre nós, muito bom! E tomamos um bom vinho!

Colocamos umas musicas do meu mp3 e deixamos a bagunça rolar... tocou de tudo... hip hop, funk... hehehhe... muito legal!

Mas não conseguíamos dormir por causa do que aconteceu e, como disse mais cedo, estávamos nos sentindo inseguros ali no país. Então, às três da manhã, resolvemos que não ficaríamos mais ali, e começamos a correr contra o tempo para preparar as coisas e pegar o ônibus para Mendoza. Isso por que não tem toda hora, já que não se pode cruzar os Andes de noite. A Alfândega fecha às nove da noite.

Acordamos todos na correria. Tinha que trocar dinheiro, pagar o hostel, comprar coisas chilenas... e ainda correr para a rodoviária, almoçar, comprar passagens e partir!!!

Que horas entramos no ônibus? Dois minutos antes de ele ligar o motor e sair!!!!!

Destino: Mendoza.

Puerto Montt / Puerto Varas

Depois de passar pela alfândega Argentina e Chile, um susto... os preços da Rodoviária!!! Nossa... Pensar que cada 500 pesos seria um dólar foi assustador.

E por que?! Só pelo simples motivo que eu estava com muita fome e nada tinha para comprar exceto uma pipoca nojenta... que custava 1.000 pesos!!!!!!!!!! Isso significava 2 dólares, 4 reais, 6 pesos argentinos!!!!!!

O susto? Por que a mesmíssima pipoca na Argentina saiu por pouco mais de 2 pesos, ou seja, menos de 1 dólar!!!!

Como saí às pressas de Bariloche, apesar do atraso na rodoviária de lá, não tive tempo de ver hostels para pernoitar em Puerto Montt. Mas tudo bem, meu espírito aventureiro estava a mil.

Até que, depois de uma hora de atraso na rodoviária de Osorno, meu espírito aventureiro começou a se irritar. E, chegando a Puerto Montt as 23 horas, meu espírito de aventureiro estava em qualquer outro corpo que não o meu.

Chovia alucinadamente na cidade, eu não fazia idéia de que bairro eu estava, e aquela hora da noite não havia uma boa alma para trocar dinheiro... Isso mesmo!!! Eu estava sem grana, na chuva, numa cidade portuária, num bairro estranho cheio de gente esquisita.

Senti-me naquela musica: “festa estranha com gente esquisita. Eu não estou legal...” pior... É que eu nem tinha birita!!!!!!

Brincadeiras a parte, já que agora tudo se resolveu... na hora fiquei muito tenso. Não por não conhecer a cidade, mas pelo visual sombrio e tenso que a rodoviária passava. Os guardas começando a isolar áreas onde pessoas não poderiam circular e, pior, preparando para fechar o saguão central.

Foi quando lembrei que, em Esquel, havia pego um pequeno mapa dos dois países contendo todos os hostels da rede Hostel International e seus telefones.

Consegui algumas míseras moedas e liguei para um deles... Surpresa!!! Não tinha vagas! Fiquei mais tenso ainda... Mas foram camaradas e me indicaram para o mesmo hostel, da mesma rede, só que em outra cidade, Puerto Varas. Cerca de 30 minutos de ônibus de onde eu estava.

Ufah! Que alívio! Mas espera aí!!! Que ônibus???

Naquele exato momento um saía e, desesperadamente, corri atrás, alcançando-o.

Aurora

Na manhã seguinte, já descansado e relaxado, comecei a passear pela pacata cidade de Puerto Varas. Muito pacata mesmo!

De beleza admirável e paisagens inigualáveis até então. Seus lagos eram margeados por dois imponentes vulcões, sendo o mais conhecido deles o vulcão Osorno.

Andei pela cidade o dia inteiro, fui ao cerro e de lá pude ver a cidade inteira.




Puerto Varas é incrivelmente delicada. Sim, delicada. Suas casas são muito antigas e em sua maioria, de madeira. Construções incríveis.

Aproveitei, ainda, para fazer uma homenagem ao novo sobrinho que vem por aí...

Agora, cuidado para não se enganar. Apesar de uma cidade bem pequena, eu estava no Chile o que deveria significar preços mais altos. Acho que ignorei o aviso que eu mesmo dou e resolvi procurar um restaurante do lugar para comer bons mariscos.

Sentei, escolhi uma entrada de ostras gratinadas com queijo parmesão. Um vinho tinto seco da região, e de quebra um bom prato de pescada com molho de mariscos e camarão. Resultado???? A conta deu simplesmente 12.500,00 pesos. Ah... tranqüilo... para uma pessoa está ótimo.

Espera aí, você fez a conversão? É... eu também não tinha feito até pagar!

Isso significava dizer que meu almoço, sozinho, num restaurante pequeno e tradicional tinha dado a cifra de 25 dólares!!!!!!!!! É... para um viajante isso é viagem!!!!!! Era inaceitável... e assim, cozinhei as próximas três noites para compensar! Hehehhehe...
Em um dos lugares que fui, por curiosidade, acabei conhecendo pessoas que vivem da exploração e venda de fósseis. Exatamente, dentes de dinossauros e mariscos fossilizados ali, frente a frente. E nada escondido, pelo contrario, com uma loja bem exposta e bem montada, o que me chamou atenção e entrei para conhecer.

Este dente, comparando com o tamanho da minha mão espalmada, é pouco menor...

De Puerto Varas, o destino seria Temuco para encontrar Daniel. Aquele uruguaio que vive em Israel e que conheci em Bariloche... rs... Tínhamos marcado de sair por lá com os primos dele.

Aproveitei para conhecer o Cassino de Puerto Varas, também. Um lugar muito famoso e requintado da cidade, mas sinceramente, nem quis entrar. O ambiente de cassino não me impressiona tanto assim. Mas tirar foto de fora, tirei! hehehehe...

Durante a viagem, paisagens lindas, as fazendas e vulcões. Exatamente, avistam-se uns quatro durante a viagem até Temuco.

Impressionante como o povo chileno convive com o perigo assim, na calma e crescendo em torno dessa ameaça que a qualquer momento pode dar sinais de vida intensa. O principal e em atividade constante é o vulcão Villarrica, em Pucón.

Outro dia de muito frio, apesar de não estar nevando nem cercado pelas montanhas com neve. Eram quase nove horas da manhã e eu esperava o ônibus para deixar a cidade... a temperatura batia a casa de 1 Grau abaixo de zero e, pior, ventava!!!


Durante toda a viagem para Temuco o céu e o dia estavam perfeitos. Ressaltando as belezas daquele país.


O vulcão da esquerda, junto ao barco, é o Osorno




E uma coisa muito me impressionou: por ser semana da pátria no país, todas as casas, prédios, escolas, tudo o que se podia imaginar, tinha uma bandeira chilena hasteada em frente.


terça-feira, 23 de outubro de 2007

Bariloche

Das cidades visitadas, uma das mais tradicionais para o turismo é sem duvida, Bariloche. Cheia de glamour, fama, chocolates, São Bernardos e, lógico, brasileiros!

Eram grupos em cada esquina. Cada lugarzinho da cidade se ouvia o português carregado de sotaque. São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba... Todos nós estávamos lá.


Conselho... passem protetor solar mesmo que para ir a neve... o rosto queima de tanto frio...

Nada contra nós mesmos, mas eu queria conhecer gente nova, culturas novas, queria “hablar lo español que yo necesitaba praticar” assim, nada de falar português.


Cerro do Otto Catedral

Chegando na cidade, e com algumas anotações sobre uns hostels que haviam por lá fui direto para um que tinham me indicado. Outro arrependimento. Era sujo e bagunçado. Não que eu estivesse querendo luxo, mas não queria lixo, salve Rita Lee.

Caminhei por mais algumas quadras e fique num dos melhores hostels de toda a viagem, Marcopolo. O lugar é enorme, nem se acredita que é um hostel. Tem um bar no segundo andar, restaurante, sim... a cena, ou janta, é incluída no preço de 30 pesos o pernoite, 20 reais.

Catedral

Fiquei no quarto andar, uma escadaria tremenda, mas para quem viajava a queria curtir, aquilo era nada.... Os quartos, todos, têm banheiro privativo, isso significa dizer que somente os hospedes do seu quarto, que viram seus amigos e parceiros durante sua estadia na cidade, usarão o banheiro. Dentre os amigos que eu fiz, está Daniel, um uruguaio que vive em Israel, em Telaviv... Nos divertimos muito e ainda nos encontraríamos mais para frente, quando no Chile, já, em Temuco...

Agora, depois de curtir toda a cidade, visitar o Cerro do Otto, parques, praças, catedral, sim, adoro conhecer as catedrais, elas carregam muito da historia das cidades, era hora de partir para a próxima parada, Chile.

Tenho que me defender, sim, fui a Bariloche e não fiz a Travessia dos Sete Lagos, mas ela estava com o circuito fechado, então, lagos por lagos e lembrando que o dinheiro era o que tinha nas mãos, sairia caro, já que tinha feito uma excursão sensacional em Esquel.

Nos momentos finais do hostel, carregado de compras, lembranças e chocolates, depois de subir e descer as escadas muito cansado de tanto caminhar, descubro o imprescindível: a porta estranha em frente ao nosso quarto era um elevador! Fingi não ter visto e desci pelas escadas, só de revolta.

Eu fiz...!!!!!

Fui para rodoviária de Bariloche, fazia frio, mas a demora do ônibus, que custou 60 pesos. O atraso chegava a uma hora e o frio, o vento que fazia na cidade era impressionante, durante as tardes de viagem, sem contar quando estava nas montanhas de neve, foi a tarde mais fria, meu relógio (sim, eu carreguei um relógio Casio com marcador de temperatura do ambiente) alertava para a cruel realidade: 2 graus abaixo de zero.


Nessa hora eu já não sentia mais as pontas dos dedos, os lábios, o nariz, as orelhas... muito frio! Protetor Labial. Levem!

A estrada para os Andes, cruzando a Cordilheira estava gelada... Completamente coberta de neve. Foi algo nunca imaginado por mim antes. Sensacional!!!


Mas em compensação... um pouco antes de chegarmos ao pé da Cordilheira dos Andes as paisagens falavam por si...

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Esquel - La Hoya

Depois do passeio por Puerto Madryn, vendo baleias, lobos e elefantes marinhos e pingüins, pairou uma dúvida: ficar mais um dia e fazer com calma aquilo que já o tinha feito e tentar esperar uma rara hipótese de alguma Orca aparecer por lá ou seguir viagem rumo a Esquel?

Para quem não conhece, assim como eu não conhecia, Esquel é uma cidade na Costa Oeste da Argentina, cinco horas abaixo da tradicional Bariloche. Cidade aconchegante e charmosa com pouco mais de 30.000 habitantes, Esquel tem muito mais atrativos do que muitas grandes cidades.

A quinze minutos de carro do centro da cidade, onde fica concentrada a maior parte da rede hoteleira, tem-se uma das menores estações de esqui do país, ‘La Hoya’. O passe diário é barato, cerca de 50 pesos, o que para nossa realidade representa pouco mais de 35 reais.

Descobri a cidade numa revista de turismo, sim! Uma revista brasileira que abordou o tema por volta de julho deste ano trouxe a tão saudosa Esquel à tona.

Sou do estilo de viajante que gosta de procurar fazer o que os ‘turistas’ não costumam fazer, ou seja, se enfurnar em pequenos lugares e conhecer o pouco tradicional. Aliás, temos que destacar aqui que turista é uma coisa e viajante é outra!

Chegando a Esquel, procurar onde ficar... Sim, eu viajei parte do tempo desta forma, sem planejar o dia seguinte, a hospedagem seguinte... Mas me arrependo em certas partes.

Cheguei cedo, cerca de sete horas da manhã e o sol se quer havia nascido! Era noite ainda e fazia muito frio.

Fui para um hostel que tinham me indicado em Puerto Madryn, El Gaúcho. Muito legal, fui muito bem recebido e atendido, mas não tinha praticamente ninguém, o que para quem viaja sozinho é um sinal de perigo... Deve-se procurar outro lugar para hospedar urgente!

Feito isso, após procurar em todos os albergues existentes na cidade, uns cinco, resolvi me hospedar no Hostel International, bem no centro. Ótima escolha!

Todos muito atenciosos e amistosos. Muita gente do mundo todo por ali... Onde tive oportunidade de conhecer gente que está viajando há meses!

Meu plano para Esquel se resumia para dois dias, no máximo três... Mas eu estava no segundo dia e recém me hospedara!

Por 30 pesos fiz um passeio muito bom e tradicional para quem visita a região: O Expresso Patagônico – La Trochita. Um trem antigo que tem todas suas características originais conservadas e faz o mesmo trajeto, ou parte dele, que fazia desde os primórdios. Cruzando montanhas cobertas de gelo, estâncias que pareciam cenográficas por causa da perfeição e beleza que tinham.




Esse passeio faz Parte da Travessia Chubut



Expresso Patagônico - La Trochita


Ao final da viagem se visita um pequeno povoado de cerca de 25 famílias descendentes de indígenas que ali viviam e que hoje se sustentam com artesanatos e auxilio do governo.

Estávamos de partida, mas e para que entrar no trem?!

Estâncias


Entre os dias que esquiei, em um deles fiz uma excursão lacustre que foi incrível!

Lago Menendez - Esquel


Glaciar de Las Torres (ao fundo - esquerda)

Fui visitar o Parque Nacional de Los Alerces. Estas são árvores milenares que crescem cerca de 0,8 a 1 mm de diâmetro por ano. Isso significa dizer que, ao estarmos diante a um Alerce com cerca de 60 cm de diâmetro, pode-se calcular que sua idade gira em torno dos 480 a 600 anos.

Alerces Milenares

Entretanto, qual seria a sensação de se estar diante de um Alerce com cerca de 2,60 m de diâmetro? Exatamente. Não há reação capaz de ser transcrita nessas páginas... estive diantes de um, pasmem, ser vivo de 2600 anos!
Ainda nesta excursão pude cruzar lagos límpidos e gélidos formados por água completamentes despoluídas e trnasparentes. E, por ser a região os pés da Cordilheira dos Andes, seus vales chegam a ter 400 m de profundidade, o que faz com que os lagos tenham até esta profundidade. Permitindo, ainda, que exista, embora eu não tenha feito o mergulho, um bosque com cerca de 300 anos de idade, formado apenas por árvores submersas. Perfeitamente conservado.

Um sonho até então não realizado era ver a neve de perto... Ali, na frente! Sentir nevar... e não deu outra! Um frio de cinco graus abaixo de zero e vento surpreendiam os visitantes que chegavam. Nevava feito filme! E para os inexperientes como eu, sem gorro, cabelos congelados!!!!



Parecia simples, colocar um esqui e deslizar... Agora, cá entre nós, é complicado demais!

Uma das melhores coisas que já fiz na vida, e olha que já viajei bastante.

Aprontei como uma criança nesses dias... Descia, subia... Engraçado que num dos dias que fui, vi muitas crianças subindo para pistas mais altas e obvio pensei: “Se elas, pequenas assim conseguem... ah... também vou!”.



Conselho: jamais pensem assim quando o assunto for esqui!

Elas são impressionantes! Sobem e descem numa facilidade incrível. E lógico, eu não.

Depois de mais ou menos uma hora e meia tentando descer pela neve fofa, sim... Por que a neve fofa é mais difícil que a consolidada! Precisei apelar para o socorro de pista... Isso aí... Um guarda subiu e me resgatou! Vergonha?! Ah... Eu estava de férias!



Outro dia, no transfer para a estação conheci Lautaro, um argentino de Buenos Aires que costuma aproveitar os tempos vagos para esquiar... Chique o negócio... Mas para eles é normal!

Lau e Eu em La Hoya


Acabamos fazendo amizade e ele me ensinou a esquiar... Tudo ia muito bem... De verdade! Descia, subia... Já estava tranqüilo. Até que, depois de horas treinando, e me sentindo seguro, subi para outra estação a qual já havíamos descido algumas vezes juntos me treinando. Só que agora eu estava sozinho, sem aquela voz de confiança do lado... putz... Descendo em alta velocidade, o que acaba sendo comum, eu não consegui fazer “la cuña” _ isso significa: não consegui frear... Assim, capotei como aquelas Vídeo Cassetadas de Domingo. Parei depois de uns vinte metros de todo meu material que, obviamente, se desprendeu do corpo e foi ficando pelo caminho. Muito figura!

Enfim, Esquel se encerrava ali para mim... era meu ultimo dia e partiria para Bariloche na manhã seguinte.