terça-feira, 23 de outubro de 2007

Bariloche

Das cidades visitadas, uma das mais tradicionais para o turismo é sem duvida, Bariloche. Cheia de glamour, fama, chocolates, São Bernardos e, lógico, brasileiros!

Eram grupos em cada esquina. Cada lugarzinho da cidade se ouvia o português carregado de sotaque. São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba... Todos nós estávamos lá.


Conselho... passem protetor solar mesmo que para ir a neve... o rosto queima de tanto frio...

Nada contra nós mesmos, mas eu queria conhecer gente nova, culturas novas, queria “hablar lo español que yo necesitaba praticar” assim, nada de falar português.


Cerro do Otto Catedral

Chegando na cidade, e com algumas anotações sobre uns hostels que haviam por lá fui direto para um que tinham me indicado. Outro arrependimento. Era sujo e bagunçado. Não que eu estivesse querendo luxo, mas não queria lixo, salve Rita Lee.

Caminhei por mais algumas quadras e fique num dos melhores hostels de toda a viagem, Marcopolo. O lugar é enorme, nem se acredita que é um hostel. Tem um bar no segundo andar, restaurante, sim... a cena, ou janta, é incluída no preço de 30 pesos o pernoite, 20 reais.

Catedral

Fiquei no quarto andar, uma escadaria tremenda, mas para quem viajava a queria curtir, aquilo era nada.... Os quartos, todos, têm banheiro privativo, isso significa dizer que somente os hospedes do seu quarto, que viram seus amigos e parceiros durante sua estadia na cidade, usarão o banheiro. Dentre os amigos que eu fiz, está Daniel, um uruguaio que vive em Israel, em Telaviv... Nos divertimos muito e ainda nos encontraríamos mais para frente, quando no Chile, já, em Temuco...

Agora, depois de curtir toda a cidade, visitar o Cerro do Otto, parques, praças, catedral, sim, adoro conhecer as catedrais, elas carregam muito da historia das cidades, era hora de partir para a próxima parada, Chile.

Tenho que me defender, sim, fui a Bariloche e não fiz a Travessia dos Sete Lagos, mas ela estava com o circuito fechado, então, lagos por lagos e lembrando que o dinheiro era o que tinha nas mãos, sairia caro, já que tinha feito uma excursão sensacional em Esquel.

Nos momentos finais do hostel, carregado de compras, lembranças e chocolates, depois de subir e descer as escadas muito cansado de tanto caminhar, descubro o imprescindível: a porta estranha em frente ao nosso quarto era um elevador! Fingi não ter visto e desci pelas escadas, só de revolta.

Eu fiz...!!!!!

Fui para rodoviária de Bariloche, fazia frio, mas a demora do ônibus, que custou 60 pesos. O atraso chegava a uma hora e o frio, o vento que fazia na cidade era impressionante, durante as tardes de viagem, sem contar quando estava nas montanhas de neve, foi a tarde mais fria, meu relógio (sim, eu carreguei um relógio Casio com marcador de temperatura do ambiente) alertava para a cruel realidade: 2 graus abaixo de zero.


Nessa hora eu já não sentia mais as pontas dos dedos, os lábios, o nariz, as orelhas... muito frio! Protetor Labial. Levem!

A estrada para os Andes, cruzando a Cordilheira estava gelada... Completamente coberta de neve. Foi algo nunca imaginado por mim antes. Sensacional!!!


Mas em compensação... um pouco antes de chegarmos ao pé da Cordilheira dos Andes as paisagens falavam por si...

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