Eram grupos em cada esquina. Cada lugarzinho da cidade se ouvia o português carregado de sotaque. São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba... Todos nós estávamos lá.
Conselho... passem protetor solar mesmo que para ir a neve... o rosto queima de tanto frio...
Nada contra nós mesmos, mas eu queria conhecer gente nova, culturas novas, queria “hablar lo español que yo necesitaba praticar” assim, nada de falar português.Cerro do Otto Catedral
Chegando na cidade, e com algumas anotações sobre uns hostels que haviam por lá fui direto para um que tinham me indicado. Outro arrependimento. Era sujo e bagunçado. Não que eu estivesse querendo luxo, mas não queria lixo, salve Rita Lee.
Catedral
Tenho que me defender, sim, fui a Bariloche e não fiz a Travessia dos Sete Lagos, mas ela estava com o circuito fechado, então, lagos por lagos e lembrando que o dinheiro era o que tinha nas mãos, sairia caro, já que tinha feito uma excursão sensacional em Esquel.
Nos momentos finais do hostel, carregado de compras, lembranças e chocolates, depois de subir e descer as escadas muito cansado de tanto caminhar, descubro o imprescindível: a porta estranha em frente ao nosso quarto era um elevador! Fingi não ter visto e desci pelas escadas, só de revolta.
Eu fiz...!!!!!
Nessa hora eu já não sentia mais as pontas dos dedos, os lábios, o nariz, as orelhas... muito frio! Protetor Labial. Levem!
A estrada para os Andes, cruzando a Cordilheira estava gelada... Completamente coberta de neve. Foi algo nunca imaginado por mim antes. Sensacional!!!
Mas em compensação... um pouco antes de chegarmos ao pé da Cordilheira dos Andes as paisagens falavam por si...
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